As secretárias se transformam!
por Daniele Aronque e Juliana Falcão
Datilografar cartas e memorandos,
organizar reuniões, servir cafezinhos, atender telefonemas - já houve um tempo
em que essa era a imagem e a função das secretárias.
Para alegria de todas as profissionais
da área esse estereótipo ligado à funções operacionais e mecânicas está ficando
cada vez mais distante da realidade. Hoje as secretárias exercem um papel
estratégico dentro das empresas - é claro que continuam escrevendo cartas,
organizando encontros e marcando reuniões - mas cada vez mais estão inseridas
no dia-a-dia da empresa, conhecendo e entendendo tudo o que acontece ao seu
redor, muitas vezes até influenciando, com bom senso, nas decisões da chefia.
Hoje as secretárias formam um enorme
contigente: só no Brasil, são mais de 2 milhões de profissionais que compram,
contratam, influenciam decisões e solucionam problemas.
Na opinião de Leida Borba de Moraes,
presidente da Fenassec (Federação Nacional das Secretárias e Secretários), essa
é uma profissão que vem se transformando, se expandindo e adquirindo nova
roupagem, de acordo com a diferentes realidades das empresas em que cada um
trabalha.
"Nos últimos anos houve uma
retração no mercado para várias profissões, mas a de secretária vem se mantendo
estável, já que estamos ligadas à estrutura da empresa e não ao que é
produzido, vendido ou negociado", diz Leida.
Segundo Stefi Maerker, diretora da SEC
Secretary Search & Training, os próprios executivos que solicitam os
serviços da sua consultoria deixam claro que, se por um lado o poder de decisão
das secretárias aumentou, por outro aumentaram as exigências do mercado.
"Se a profissional não for organizada, ágil e com espírito de liderança,
dificilmente consegue desempenhar sua função", completa.
As exigências também mudaram muito -
antes existia o estereótipo de que a boa aparência definia a boa secretária.
Hoje, as exigências na hora da contratação são cada vez maiores: curso
específico de secretariado (técnico ou superior), boa redação, habilidade com
micro e internet, fluência em no mínimo um idioma além do português... e por aí
vai!
"Hoje as secretárias têm que ser
muito versáteis para se adaptar às diferentes situações. Encontramos no mercado
várias situações, como a secretária atendendo a um só executivo, várias
secretárias para um executivo, uma secretária para vários diretores ou
gerentes...", explica Leda.
Panorama do mercado
Número de profissionais no país*: cerca de 2 milhões
Denominação preferida*:
1º Secretária Executiva
2º Assistente Administrativa
3º Secretária
1º Secretária Executiva
2º Assistente Administrativa
3º Secretária
Perfil das Vagas **
Secretárias Bilíngues e Trilíngues: ocupam 90% das vagas oferecidas
Secretárias com inglês intermediário: ocupam 10% das vagas oferecidas
Secretárias Bilíngues e Trilíngues: ocupam 90% das vagas oferecidas
Secretárias com inglês intermediário: ocupam 10% das vagas oferecidas
*dados da Federação Nacional das Secretárias e Secretários
**dados da consultoria SEC Secretary & Training
Formação
O cargo de secretária cresceu
consideravelmente após a II Guerra Mundial, quando o mercado de trabalho passou
a abrir suas portas para a mão-de-obra feminina. Hoje, segundo Maria do Carmo
Assis, Diretora Administrativa da Fenassec, Federação Nacional de Secretárias e Secretários,
existem cerca de dois milhões de profissionais exercendo essa função.
A profissão é regulamentada pelas leis
7.377, de 30 de setembro de 1985 e 9.261, de 11 de janeiro de 1996. Para
exercer a atividade, a secretária deve tirar registro junto à DRT (Delegacia
Regional do Trabalho).
De acordo com essas leis, pode exercer
a função de Secretário Executivo o profissional diplomado no Brasil por curso
superior de Secretariado, reconhecido por Lei; diplomado no exterior por curso
de Secretariado, cujo diploma seja revalidado no Brasil, na forma de Lei; ou
portadores de diploma de nível superior que possam comprovar, por meio de
declarações de empregadores, o exercício efetivo.
Para a função de Técnico em
Secretariado, o profissional deve possuir certificado de conclusão de curso de
Secretariado com nível de 2º. Grau, ou ter certificado de conclusão do Ensino
Médio, mas deve comprovar, através de declarações de empregadores, o exercício
efetivo.
O mercado de trabalho está aberto para
profissionais que fazem cursos técnicos ou faculdade. A diferença está no
número de funções realizadas e na remuneração. As secretárias de nível superior
prestam, por exemplo, assessoria direta a executivos.
Os cursos superiores duram, em média
três anos. Nos técnicos, o profissional pode optar por fazer o 2º grau técnico
em Secretariado, com duração de três anos, ou os cursos de suplência, com
duração de um ano e meio para os que já possuem o diploma do ensino médio.
As disciplinas também variam de acordo
com o tipo de curso. Os técnicos e de suplência, por exemplo, ministram
matérias como Técnicas de Secretariado, Português e Comunicação, Inglês,
Informática (Windows, Word, Excel e Agenda Eletrônica), Legislação (Comercial e
Laboral), Contabilidade e Gestão para Secretárias.
Os cursos de graduação, além de
Português, Inglês e Técnicas Secretariais, ministram também Sociologia,
Direito, Economia, Comunicação Verbal, Ética, Psicologia Aplicada à Administração
e, em alguns casos, Espanhol.
Curiosidades
O Dia Nacional das Secretárias é comemorado no dia
30 de Setembro;
O Dia Internacional das Secretárias é comemorado na
última quarta-feira do mês de abril;
São Jerônimo é o santo protetor das secretárias.
Secretário do Papa Dâmaso, ele governou a Igreja Católica de 367 a 384. Seu dia
é 30 de Setembro;
O Código de Ética do Profissional de Secretariado
foi publicado pela primeira vez no Diário Oficial da União no dia 7 de Julho de
1989;
Os profissionais graduados usam um anel de pedra
safira azu;l
Já o dos profissionais técnicos é de águas
marinhas.
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