quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Mensagem para quem vive o assédio moral... Grupo 5
É realmente difícil encontrar palavras para definir ou traduzir o sentimento de quem vive o assédio moral. Digo isto com a autoridade de quem já esteve neste lugar e mais de uma vez. Não tenho por que negar ou esconder e não creio que isto possa desmerecer a mim ou a qualquer pessoa que passe ou tenha passado por esta dor dilacerante.
Felizmente, tenho uma boa notícia, que também trago com orgulho desta experiência terrível, que é a de sair pelas minhas próprias forças, com a ajuda de profissionais gabaritados, certamente, mas com o esforço pessoal para tomar decisões e atuar nos espaços em que mais ninguém poderia estar por mim.
Por isto, sei que é possível resolver este problema na vida. Não acredito que alguém tenha que se humilhar continuadamente, mergulhando cada vez mais profundamente rumo ao seu fundo de poço, exceto se escolher que assim o fará por uma estratégia de exceção muito bem calculada. Ou seja, até esta hipótese seria uma escolha consciente, o que já tiraria da situação o potencial de lesão que a vítima do assédio moral genuinamente vive; um sentimento de impotência arrasador diante da situação do assédio.
E como fazer para sair deste pesadelo? Posicionando-se de uma maneira bem diferente desta em todo o cenário. Se o assediado não consegue sem ajuda, que o faça auxiliado, especialmente para que reencontre e mantenha firme a sua Autoconfiança, seu pilar de sustentação que não pode faltar diante de desafio tão ousado que enfrenta. Paradoxalmente, o tamanho desta batalha parece exigir do assediado que esteja em forma para escalar uma montanha quando justamente parece estar quase sem forças para se levantar da cama pela manhã.
Por tudo o que já vivi e presenciei na vida, eu acredito no ser humano e acredito na magnífica inteligência da natureza ou de quem a fez, que não dá realmente desafios maiores do que podemos enfrentar. E se ao assediado é apresentado este, nesta fase da vida, pra mim significa que ele é muito mais forte do que pensa e que é o momento de descobrir ou despertar este guerreiro pacífico.
Então, por isto é que eu vejo o assediado como detentor de uma força absurda! Esta é a sua luta a vencer e que logo no início, se mostra como um duelo a travar com ele próprio, não com o assediador que está lá fora. Aí começa a superação do assédio moral. A partir daí e decidindo realmente que ficará ao seu lado, cultivando o mérito do vencedor, é necessário fazer um plano matador! Isto não quer dizer ser agressivo, com quem quer que seja; quer dizer energizado e resoluto. Sim, porque seu objetivo será de sair desta dor definitivamente. Não necessariamente sair do emprego ou da situação que gera o assédio, mas sair do lugar de vítima impotente, o que pode transformar absolutamente tudo.
Se ele estiver disposto a isto e precisar de apoio profissional, que dê o primeiro passo.
Dra. Elizabeth Zamerul- Sócia-Diretora da Realize - Formada como médica psiquiatra e que atua há 20 anos como consultora organizacional, coach e psicoterapeuta em psicologia positiva. Autora do livro sobre assédio moral: Corações Poderosos – uma visão positiva das emoções no trabalho.
Postado por Shirley Silva
Site: www.elizabethzamerul.com.br
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