Preconceito ainda é barreira
para a ascensão feminina nas empresas, aponta pesquisa
A
participação de mulheres no mercado de trabalho vem crescendo, mas os números
de cargos de liderança ainda são baixos. Pesquisas apontam que das 100 maiores
empresas atualmente apenas 5% são dirigidas por mulheres.
Para responder a essa pergunta, a Trabalhando.com Brasil realizou uma pesquisa com 240 mulheres e os resultados apontam que o preconceito (68%) sofrido dentro da empresa e com a própria equipe ainda é o principal obstáculo enfrentado para alcançar cargos de chefia. Os outros dois motivos são a dificuldade de conciliar a vida familiar com a carreira (24%) e o medo de competir com o parceiro (8%).
Apesar desse suposto preconceito, pesquisas apontam que as mulheres na liderança obtém resultados muito positivos. Um estudo realizado na Universidade Pepperdine, nos Estados Unidos, em 2009, publicado na Revista Fortune 500 mostra que as companhias com liderança feminina apresentam rentabilidade 66% mais alta que as demais. Portanto os números mostram que existe uma vantagem real em se ter as mulheres na gestão de uma empresa. No Brasil, em 2009, nas “100 melhores empresas para se trabalhar” 36% dos cargos de liderança eram ocupados por mulheres. “Em algumas áreas historicamente dominadas por homens, como construção civil, por exemplo, as empresas perceberam que as mulheres têm um olho mais atento para os detalhes e que possuem uma maneira mais sutil de lidar com os profissionais das obras. Em termos de resultados, isso pode significar menos gastos com desperdício de matéria-prima e menor turnover de funcionários, o que obviamente também gera economias”, afirma Renato Grinberg, diretor-geral da Trabalhando.com Brasil.
Um dos principais benefícios de ser liderado por uma mulher é a proximidade que elas permitem durante o cotidiano. “A mulher, hoje, mostra que não precisa se igualar ao homem para alcançar o sucesso. Suas características próprias passaram a ser valorizadas e não mais julgadas como ‘menores’. Complementaridade passou a ser a palavra de ordem para a formação de equipes competentes e, com certeza, a presença das características femininas são essenciais para qualquer equipe bem-sucedida”, explica
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